Para manter a integridade do solo, especialmente dos lençóis freáticos e vegetação, o emprego da fossa, filtro e sumidouro é ótima solução.Isso porque aumenta a efetividade do sistema séptico.
A seguir, vamos explicar como funciona esse sistema. Acompanhe!
Como funciona o sistema de fossa, filtro e sumidouro?
A fossa séptica é um sistema de tratamento de efluentes normatizado através das NBRs 7.229 e 13.969, que constam as etapas da fossa, filtro e sumidouro, suas metragens e padrões.
De modo geral, o sistema precisa ter três tanques. O primeiro no qual os efluentes domissanitários serão depositados; o segundo onde ocorrerá a filtragem deles e, o terceiro, onde os efluentes tratados serão lançados.
Sistema de tanques
No primeiro tanque da fossa, os resíduos sólidos mais pesados contidos nos efluentes são decantados. Então, o que é sólido se deposita no fundo de tal tanque, sofrendo um processo de digestão através de microrganismos já presentes no efluente domissanitário, sendo que a parte líquida do efluente sobrenadante passa para a segunda etapa do sistema que é o filtro através do encanamento do vertedouro que dá direto ao fundo falso do tanque do filtro, conhecido também como filtro anaeróbio.
Esse fundo falso, que é cheio de furos e cobertos de pedras de brita, funciona como uma espécie de “peneira”, que filtra, de baixo para cima, ainda mais alguns resíduos sólidos menores que conseguiram passar do tanque da fossa.
Dessa forma, os efluentes domissanitários são literalmente filtrados pela compressão das pedras até chegarem no cano que os faz verterem para o sumidouro. O sumidouro é uma das soluções mais comuns para a finalização do tratamento de esgotos. Afinal, é uma opção prática e de baixo custo para o tratamento de efluentes.
No sumidouro, terceira etapa do tratamento, a água, que já foi bem filtrada, precisa ser dispensada. Essa etapa pode acontecer de diferentes formas, dependendo da permeabilidade do solo, nível de filtragem e disposição de encanamentos.
Independente do caso, o sumidouro pode ser munido de um fundo aberto e coberto com areia e cascalho, ou ter suas paredes de alvenaria cheias de furos que igualmente funcionam como a última “peneira” de filtragem dos efluentes antes de serem descartados no solo.
De fato, o sumidouro é uma das soluções mais comuns para a finalização do tratamento de esgotos. Afinal, é uma opção prática e de baixo preço para o tratamento de efluentes.
Principais cuidados para instalar a fossa, filtro e sumidouro
Por ser um sistema preparado para filtrar perigosos ao meio ambiente, é preciso seguir uma série de recomendações para a instalação de fossa, filtro e sumidouro.
A primeira e mais importante dica é sempre contar com profissionais para realizar a instalação. Também é de extrema importância fazer a manutenção e limpeza periódica das fossas.
Para instalar o sistema é preciso seguir alguns parâmetros para auxiliar na qualidade do tratamento e no funcionamento da estrutura. A seguir, listamos alguns deles:
- A fossa e o sumidouro nunca devem estar próximos de sistema de captação de água. A distância mínima nesse caso é de 30 metros.
- A fossa não deve ser construída a menos de 1,5 metro de qualquer corpo d’água e a 3 metros de uma árvore. Assim, é possível evitar qualquer tipo de contaminação.
- É importante que o tamanho da fossa seja proporcional à média estimada de efluentes lançados, caso contrário ela encherá muito antes da hora.
- Também é preciso calcular a quantidade e o tamanho das britas, isso porque a espessura e o espaçamento entre elas devem ser ideais para que não prejudiquem a filtragem, tornando o processo pouco eficiente.
- O volume útil do sumidouro deve ser maior ou igual ao volume útil da fossa séptica. Já o nível zero do sumidouro deve estar, no mínimo, a 1,5 metros acima do lençol freático.
Seguindo esses procedimentos, é possível evitar que o sistema perca eficiência e garantir que cumpra o seu objetivo.
Vantagens do sistema fossa, filtro anaeróbio
A construção de filtros anaeróbios para o tratamento do esgoto complementa o serviço da fossa séptica. Isso porque possuem um fluxo ascendente que obriga a água a passar por um recheio de pedra brita.
Por isso, esse processo permite o desenvolvimento de microrganismos em sua superfície que oxidam os poluentes do esgoto com uma maior ação microbiológica. Logo após esse tratamento, o efluente pode ter tratamentos adicionais, como decantação, filtração e cloração.
Porém, o lançamento ao ambiente deve ser feito em sumidouros ou valas de infiltração, conforme previsto na legislação.
O tratamento fossa, filtro e sumidouro tem aplicação no tratamento de efluentes domissanitários industriais, comerciais e residenciais de altas ou baixas cargas orgânicas. A principal vantagem do uso desse sistema é a eliminação de resíduos usando um processo de filtragem natural.
No filtro, a camada de pedras faz com que os efluentes domissanitários passem pela película de microrganismos nelas aderida, que digerem grande parte da matéria orgânica que pode contribuir para poluição de corpos hídricos.
O uso de tratamento de efluentes domissanitários através do sistema sético do tipo fossa, filtro e sumidouro, apesar de seu conceito simples, traz vários benefícios ao meio ambiente e contribui para o ciclo natural da água.
Uso de bioestimuladores
Dentre os processos biotecnológicos inovadores disponibilizados pela Nutrenzi para o tratamento de efluentes industriais e domissanitários, destaca-se o da Bioestimulação. Hoje, é considerado o mais avançado e eficaz para a adequação de parâmetros legais, visando o descarte ou reuso de efluentes.
Entre as principais vantagens da bioestimulação está a aceleração do processo de degradação da matéria orgânica. Isso acontece por fracionamento de cargas e bioestimulação da colônia de microrganismos já existentes nos sistemas de tratamento biológico de efluentes.
Além disso, não possui microrganismos ou produtos químicos tóxicos em sua composição. Por isso, a utilização não apresenta riscos legais, ambientais ou ocupacionais.
A longo prazo, aumenta a resistência de sistemas de tratamento frente às variações de cargas e vazão. Por fim, o uso de bioestimuladores reduz odores nocivos e propicia maior clarificação de efluentes final no sistema com fossa, filtro e sumidouro.
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