Você já deve ter ouvido falar ou lido por aí a sigla ETE, referente à Estação de Tratamento de Efluente, mas pode nem ter se dado conta do quanto esse recurso é necessário para o bem-estar de toda a sociedade. O tratamento de esgoto sanitário é essencial para evitar a proliferação de doenças parasitárias e infecciosas, além de ajudar na preservação do meio ambiente, já que as substâncias que se formam no esgoto contêm matéria orgânica que reduz a concentração de oxigênio na água e podem causar a morte de peixes e outros seres presentes nesse ecossistema.
Quando falta saneamento, impactos negativos são inevitáveis. No caso dos efluentes industriais e oriundos de outras atividades econômicas como o agronegócio, é ainda maior a necessidade de soluções para o tratamento dessas águas residuárias, pois podem ser ainda mais tóxicas e prejudiciais ao meio ambiente.
ETE – Muito a melhorar
Dados da Agência Nacional de Águas (ANA) mostram que apenas 42,6% do esgoto é coletado e tratado no Brasil. Esse cenário precisa passar por uma mudança, que cabe também à iniciativa privada. Empreendimentos particulares e indústrias, por exemplo, podem auxiliar para que uma cidade possua tratamentos de esgoto e efluentes industriais adequados, contribuindo para a sua preservação ambiental e sem sobrecarregar a rede pública.
A implantação de estações de tratamento de efluentes (ETE), por exemplo, é a solução ideal para reduzir os impactos ambientais causados pela geração de esgoto sanitário e efluentes industriais. Para transformar essas águas residuárias em água limpa, a estrutura de uma ETE, de forma geral, realiza um trabalho dividido em etapas:
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Primeiro passo: o material passa pela correção das características físicas, químicas e microbiológicas da água em consideração às características do possível corpo hídrico receptor ou reuso.
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Segundo passo: é feito o processamento de lamas e seu posterior encaminhamento para destino final adequado.
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Terceiro passo: por fim, quando viável, acontece a reutilização das águas residuárias tratadas para fins compatíveis com a legislação ou, então, é feito o descarte no corpo hídrico receptor (rios, lagos, mares) ou solo (sistemas sépticos do tipo fossas-filtros-sumidouros)
Planejamento
Todo o processo para viabilizar o tratamento de esgoto e/ou efluentes industriais, necessita do desenvolvimento de projeto de engenharia por especialistas que analisam os tipos de efluentes gerados, a legislação ambiental e as condições do ambiente em que a estação de tratamento será construída, viabilizando a criação de espaços seguros para descarte ou soluções para reutilização das águas residuárias, através do uso de produtos adequados.
A equipe responsável pelo projeto deve estar atenta às normas e determinações legais que orientam o trabalho na engenharia ambiental. Além disso, as tecnologias avançadas e as soluções químicas modernizaram a operação das estações de tratamento de efluentes, possibilitando maneiras ainda mais eficientes de reaproveitar aquilo que seria descartado no meio ambiente.
A utilização destas estações de tratamento e o acompanhamento contínuo de todo os seus procedimentos operacionais, garantem uma excelente performance nos resultados técnicos das mesmas, evitando impactos ambientais nocivos, pois os efluentes tratados são devolvidos à natureza de forma segura, livres de contaminantes que possam gerar riscos ao meio ambiente e, principalmente, às pessoas.
Benefícios em foco
Para destacar ainda mais a importância do tratamento de efluentes, pesquisa divulgada pela Organização Mundial da Saúde mostra que a cada $1 investido em saneamento, há uma redução de $4 em gastos com a saúde. O mesmo relatório da OMS ainda reforça que uma comunidade com efluentes tratados é mais produtiva, com menos dias perdidos de trabalho, além de ter seus imóveis valorizados, o que impacta positivamente na economia.
Outra razão de relevância para tratar os efluentes é a preservação do meio ambiente, como já falamos no começo deste texto. A decomposição da matéria orgânica por meio natural, por exemplo, causa a diminuição da concentração de oxigênio dissolvido, provocando, além da morte do ecossistema aquático, o escurecimento da água e odores desagradáveis. Também existe a possibilidade de eutrofização pela presença de nutrientes provenientes dos restos alimentares e das fezes. Isso gera um crescimento acelerado de algas que produzem biotoxinas na água.
Por fim, pensando mais além, a preservação dos recursos hídricos garantirá a sustentabilidade desse recurso para as futuras gerações. Hoje em dia, temos a consciência de que a água não é um recurso natural infinito. Apesar de renovável, devido à sua capacidade de se recompor (principalmente pelas chuvas), ela é usada em uma proporção muito maior do que a natureza consegue oferecer. Dessa forma, se os efluentes não forem tratados, pode ocorrer um desequilíbrio, afetando a vida das próximas gerações.
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